Do alto dessas marinharias, folgo muito em ver que bons ventos te levam. E como apelas a colaborações, pega lá um poema, ainda fresquinho, que fiz sugerido por marinhagens em Cascais:
NAVEGAÇÕES
apresta-se ao leme o homem da terra trilhando derrotas de glórias no mar tal o vento rijo conduz a fragata mesmo ao rés das águas colhendo salpicos entre singraduras de naus afoitadas pelo tempo grosso de mares ignotos assim no mar alto vai o marinheiro querendo dos ventos colher viração que traga noção de porto seguro que vença o apuro da navegação
que sopre que vente que as nuvens afaste que a crista das ondas se abra em caminho no cristal do mar tão glabro profundo no ranger-lamento dos velhos madeiros do cordame tenso no uivo marinho que lhe traga o ninho de verdes lameiros a mostrar ao mundo outros horizontes enquanto o traquete da gávea se apura e no mar imenso essa criatura espera que o dia se vá numa pressa depressa que venha o vento terral que seja promessa de terra o sinal da urze ancorada p’ra trás lá dos montes das fontes que vão também dar ao mar e que o impelem nesse navegar
2 comentários:
Do alto dessas marinharias, folgo muito em ver que bons ventos te levam. E como apelas a colaborações, pega lá um poema, ainda fresquinho, que fiz sugerido por marinhagens em Cascais:
NAVEGAÇÕES
apresta-se ao leme
o homem da terra
trilhando derrotas de glórias no mar
tal o vento rijo conduz a fragata
mesmo ao rés das águas colhendo salpicos
entre singraduras de naus afoitadas
pelo tempo grosso de mares ignotos
assim no mar alto vai o marinheiro
querendo dos ventos colher viração
que traga noção de porto seguro
que vença o apuro da navegação
que sopre
que vente
que as nuvens afaste
que a crista das ondas se abra em caminho
no cristal do mar tão glabro profundo
no ranger-lamento dos velhos madeiros
do cordame tenso no uivo marinho
que lhe traga o ninho de verdes lameiros
a mostrar ao mundo outros horizontes
enquanto o traquete da gávea se apura
e no mar imenso essa criatura
espera que o dia se vá numa pressa
depressa que venha o vento terral
que seja promessa
de terra o sinal
da urze ancorada p’ra trás lá dos montes
das fontes que vão também dar ao mar
e que o impelem nesse navegar
- Jorge Castro
11 de Abril de 2008
Boa! Haja um Patrão a escrever aqui alguma coisa!
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