
Navegando no “Google Earth”, lá para os lados de Maputo, dei com uma foto do Adamastor.
Aparentemente abandonado, avançado estado de degradação de improvável recuperação.
É a morte de um sonho tornado realidade…
Aparentemente abandonado, avançado estado de degradação de improvável recuperação.
É a morte de um sonho tornado realidade…

Nos idos anos sessenta, um velejador do então Clube Naval de Lourenço Marques (Maputo), imaginou a possibilidade de uma equipa do clube participar na 1ª regata Cabo – Rio de Janeiro.
O Horácio, para nós o “capitão maravilhas”, não era homem para desistir das suas “loucuras” ….
Procurou apoios, porém, os primeiros contactos não lhe deram a abertura desejada.
Todavia, projectou um veleiro, a partir do seu “flying dutchman”, com cerca de 12 metros e preparou-se para a sua construção nos estaleiros do clube.
Entretanto, alguns velejadores foram, entretanto, acarinhando a ideia, daí resultando uma comissão que tratou de congregar, então, os recursos humanos e materiais, os apoios privados e oficiais, para a aquisição de um veleiro capaz de tal empreendimento.
Adquirido o casco, o resto foi construído e equipado pelos candidatos a tripulantes e alguns voluntários.



E lá partiram os “sete magníficos”, alcunhada assim a equipa de sete, Horácio Coelho da Silva, obviamente, António Ruben da Silva Domingues, Álvaro Récio, Eurico dos Reis Pacheco, José António Nogueira dos Santos e Vasco Romão Duarte, todos sob o comando de António Alva Rosa Coutinho.

A classificação final foi o que menos importou à data, sim a felicidade que não apenas da equipa, mas de todos os que os apoiaram no Clube Naval.
Hoje, trinta e sete anos depois, faz-me pena saber do Adamastor em tão mau estado.Acredito que, bem conservado e actualizado, seria ainda bem capaz de novas travessias.
imagens: Carlos J. Carvalho in Panoramio fotografias de Carlos_Carlos
Adamastor, Sete nas rotas de quinhentos, por Alvaro Récio
De “Sete magnificos” alcunhados foram
Os amigos velejadores
Que ao Brasil aportaram
Desde o Cabo em atlânticos mares
Adamastor dito com vaidade,
O outro magnifico, prós mares desenhado
Ideia do Horácio maravilhas
Das idas à Inhaca e outras ilhas
Lá juntou um grupo bem cuidado
A fazer do sonho, realidade.....
singela homenagem de NBP
2 comentários:
Já tinha ouvido falar desta viagem pelo relato do capitão da mesma. Aventura é isto, mas há longos anos era ainda mais aventura, pelos meios de comunicação disponíveis.
Mas o mar é o mesmo.
Em 2002 lá estava o velho Adamastor tal como na foto no Clube Naval. Subi a bordo e verifiquei a completa degradação interior. Quase sem convés, ferragens desaparecidas numa agonia lenta pois o tempo não ajuda a uma morte mais célere.
Parece que o governo português pretendia recuperá-lo para ser exposto na EXPO98 e depois devolvê-lo de novo, mas o governo moçambicano não autorizou com medo que não voltasse.
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