sexta-feira, 5 de setembro de 2008

The British Virgin Islands - 2ª parte

Estamos então no dia 05 de Junho de 2006, e aportamos a Norman Island, onde nos deliciamos com o primeiro almoço a bordo, confeccionado com requintes pelo jovem casal Mónica e Francisco.
Após a visita às "Caves" e mergulho para os mais jovens (neste capitulo Nuno pai e Márcia levaram desvantagem já que miopia de um e ouvidos do outro não recomendavam "viagens" submarinas), mudança de poita para o pernoite.









Pensamos jantar em terra e a quente, acreditando em iguarias do mar a custo convidativo, porém desistência imediata, já que os petiscos se sucediam a bordo e os preços para duvidosos "acepipes" locais, à base de carne congelada e salsichões, não eram convidativos. Enganados ficam os que, neste arquipélago, imaginam frescos do mar à fartazana ....
Noite não muito bem dormida, para debutantes nestas coisas tudo ou quase era novidade e motivo para abrir o olho, adriças que insistem em bater no mastro do que resulta musicalidade própria, alguém não travou o leme e este insistia em passar de um ao outro extremo com sonoridade perturbante, lá para as tantas levantou-se vento forte com consequente marola ... toca a confirmar a amarração à poita, porém nada que nos tirasse o bom humor matinal, quando o Francisco, exemplarmente, iniciou a faina com baldeação do convés.
Após lauto desjejum, proa 86º para Treasure Point , alterando, depois para 45º até Peter Island.
Quartos de leme estabelecidos, pois que isso de piloto automático era mais um luxo não operacional.
Vamos à apresentação dos diversos timoneiros:

Nuno filho, que por hábitos de regateiro não deixa nenhum veleiro nas imediações ganhar-nos qualquer vantagem ....









O já mencionado casal Mónica / Francisco, ele o patrão mais experimentado nestas marinharias, que simpaticamente acedeu ser "comandado" pelo patrão mais velho que vos escreve, mas não prescindiu de assumir sempre as manobras mais complexas, bem secundado pela Mónica principalmente nos cozinhados....
Teresa a minha querida nora, aqui muito empenhada na redacção do diário de bordo, função que, entre outras assumiu com dedicação e eficácia.


Falando em queridas a minha Márcia, entre boas comidinhas, apoio logístico e zeladora das azafamas de faxina, colaborou também na marinharia e boa disposição.












Propositadamente restam os mais experimentados, o Nelson que insistiu toda a viagem em trazer peixe fresco a bordo, sem sucesso mas muita galhardia, aqui a demonstrar os seus dotes de paciente "pescador" em dia de chuva incomoda. Além disso sempre que a acção era musculada ... içar a grande, por exemplo, não podíamos prescindir da sua disponibilidade.


Nesta maravilhosa equipa, alguém se preocupava com os rumos .... Nuno pai.












Continua nos próximos capítulos ...

3 comentários:

Carlos Azevedo disse...

Agora é que este blog está um luxo !

Ele é viagens às Virgens, ele é viagens às Baleares, e o povo a roer-se de inveja naturalmente.

Já deve haver malta a ligar pró Socrates, acho que os 40.000 professores que gostavam de ensinar qq coisa desde que houvesse alunos, podiam perfeitamente ensinar o Portugal litoral a navegar e democratizava-se a navegação à vela. E eles deixavam de andar à deriva em vez de emigrar para Angola.
Boa não é?

Pois é inscreverem-se meus amigos, que pró ano há mais e tripulações entusiásticas não abundam...

Patrões de Sines disse...

Isto até parece que é atar e por ao fumeiro ....
Ainda não está uma mensagem afinada e publicada e já leva com comentário ...
O blogue até suscita alguma curiosidade , pena que sempre os mesmos.

Carlos Azevedo disse...

Pois é meu caro Nuno. É com acções destas, mesmo que modestas, que se entusiasmam as pessoas e suscitamos curiosidade numa forma de lazer fantastica.
Mesmo sendo cara, deixando agora de lado a brincadeira, pode estar cada vez mais ao alcance de muitos.
É uma questão de associativismo, um tema sobre o qual deveríamos conversar mais.

Abraços