quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Virar de bordo (tack) e cambar (jibe)


Virar de bordo é uma manobra pela qual um veleiro vira a sua proa ao vento, de forma a que o vento mude de um bordo ao outro, ou seja, o vento passa pela proa.


Por exemplo, se está a velejar com o vento a estibordo (amuras a estibordo) e vira de bordo isto significa que que passará a ter o vento a bombordo (amuras a bombordo).



Isto difere de cambar porque neste caso a manobra faz passar o vento pela popa.



Tudo depende do rumo que se pretende, naturalmente, sendo que a manobra de cambar, mais fácil aparentemente, é no entanto mais perigosa dado que obriga a vela grande a passar rapidamente para o bordo contrário, o que, sem as devidas precauções (leia-se, caçar a escota da vela grande para que a vela grande se posicione previamente ao centro do veleiro) pode inclusivamente originar a quebra da retranca, ou uma (re)trancada na cabeça de algum marinheiro desprevenido (fica assim explicada a expressão popular: trancada!)




1 comentário:

Patrões de Sines disse...

Bom amigo
Optima ideia a difusão de conceitos básicos relativos à navegação à vela, porém, já que o objectivo é didático, recomendo atenção a que, sendo nós descendentes de navegadores e amantes da pureza da nossa lingua, deve ser acautelada a terminologia nautica difundida.
Assim, os artigos de origem brasileira ou menos erudita pode desvalorizar o artigo.
Assim e para exemplo do que digo:
Virar por davante é o termo correcto para o vulgar virar de bordo. Atentar para o facto de que ambas as manobras básicas resultam em "virar de bordo".
Virar em roda, cambar em gira, adopatada também do brasileiro ou tradução expedita do inglês "jib".
Sem pretenções e quando em manobra até se usam os termos vulgares ... e se a retranca nos acerta no virar em roda então o vernáculo popular sai solto e livre...
Um grande abraço e um bem hajas.